Boas noites de sono são essenciais para a manutenção da saúde do corpo e da mente, ter boa disposição no dia seguinte, manter-se saudável e até aumentar a longevidade. Mas, para dormir bem, alguns cuidados são indispensáveis e, muitas vezes, podem passar despercebidos.
Você sabia, por exemplo, que travesseiros e colchões possuem prazo de validade? E que acumulam ácaros? Com o tempo, esses produtos acumulam grande quantidade de umidade, gordura, pele descamada, suor e todas as outras secreções naturais que eliminamos durante o sono (saliva, cerume, lágrimas e coriza), além das artificiais como cosméticos, perfumes, tinturas e maquiagem. Todo esse material encontra-se em ambiente ideal para proliferação biológica (escuro, úmido e quente).
Segundo a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, os ácaros, juntamente com os fungos e bactérias, são os principais agentes causadores de alergia numa casa. “Os ácaros podem causar conjuntivite, eczema, sensação de peito fechado à noite, espirros, coceira nas mãos ou face e até mesmo asma, principalmente em pessoas alérgicas”, explica. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, aproximadamente, 30% da população mundial sofre de algum tipo de alergia. E de acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 10% a 25% de brasileiros sofrem com rinite alérgica.
Para ajudar na prevenção desses problemas, a especialista alerta para os cuidados com a sua manutenção durante o tempo de uso e também sua troca periódica. “Manter a casa limpa e arejada é indispensável para evitar o acúmulo de poeira, ácaros e fungos. Mas os cuidados com a conservação do travesseiro e do colchão e a troca na hora certa são essenciais no combate a esses parasitas, já que mesmo aparentando bom estado, eles podem estar cheios de ácaros”, esclarece.
Mas, quando devemos trocar o travesseiro e o colchão?
Travesseiros
Um travesseiro sem proteção antiácaros com 6 meses de uso acumula cerca de 300 mil ácaros e, após 2 anos, até 25% do seu peso pode ser formado por ácaros vivos, mortos e seus detritos. “Mesmo um travesseiro com essa proteção, depois de certo tempo de uso, apresentará grande quantidade de detritos sobre suas células internas, o que acabará reduzindo a sua eficácia antimicrobiana. Por esse motivo recomendamos a troca o travesseiro a cada dois anos”, explica Renata.
Para não deixar a hora da troca passar, a Duoflex disponibiliza o serviço “Quando Trocar”. Ao comprar um produto, o usuário faz um cadastro no site www.duoflex.com.br com informações pessoais e do item, e a data do início da utilização. Após dois anos, o site envia um aviso informando que está na hora de realizar a troca.
Durante o uso também é importante tomar alguns cuidados que ajudam a conservar a qualidade e a durabilidade do travesseiro. Deixar o travesseiro sob luz indireta, sempre protegido por uma fronha, e nunca expor o produto ao sol, pois a elevação da temperatura aumenta os microrganismos e acelera o processo de oxidação da superfície. Além disso, caso o modelo seja lavável, é importante garantir a secagem total, para que o interior não fique úmido e também resulte na produção acentuada de ácaros.
Colchões
No caso do colchão, a média para troca é de cinco anos. “Rasgos, manchas e deformidades visíveis são indícios que a vida útil do colchão já está no fim. Outros sinais como ruídos, cheiro desagradável, afundamento da região central, e até mesmo dores nas costas e a perda na qualidade do sono, são também indícios de que chegou a hora de trocar o colchão”, alerta Renata.
A manutenção dos colchões durante o uso é semelhante aos travesseiros. Como, por exemplo, a não exposição ao sol, por conta da proliferação dos ácaros e da oxidação. Caso tenha absorvido umidade é recomendável deixá-lo em local arejado, por aproximadamente 30 minutos. A espuma não deve ser lavada, portanto, opte por modelos com revestimentos removíveis, que permitem uma higienização correta. Além disso, é importante trocar os lençóis, pelo menos, uma vez por semana, e deixar o colchão arejar entre as trocas. Por último, descartar tudo o que possa abafar o colchão, seja plástico, papelão ou papel, por exemplo, e utilizar estrado em madeira e vazado para facilitar a respiração.