No Brasil, dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva), válidos para o período de 2012 a 2013, estimaram o surgimento de cerca de 520 mil novos casos só no ano passado. Neste estudo, foi constatado também que os tipos de cânceres mais incidentes nas regiões brasileiras são os de pele não melanoma, próstata, mama e pulmão. A alimentação desregrada, o cigarro, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e a exposição prolongada ao sol são alguns dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento da doença.
Mas a adoção de algumas medidas bem simples e rotineiras pode ser o primeiro passo para evitar este mal. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, um sono de qualidade, aliado à prática regular de atividades físicas, desempenha papel fundamental na prevenção da doença. O estudo realizado durante dez anos com quase seis mil mulheres, revelou que aquelas que praticavam exercícios físicos constantemente registraram uma probabilidade 25% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer. No entanto, entre estas mesmas voluntárias que praticavam atividades regularmente, a ausência do sono reparador elevou para 47% o risco de exposição à doença.
A teoria levantada pelos cientistas para explicar a importância do repouso noturno diz respeito ao envelhecimento celular, uma vez que quem dorme pouco antecipa esse fenômeno, predispondo o organismo a inúmeras doenças, entre elas, os tumores malignos.
De acordo com a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, durante a noite, as células precisam repousar completamente para não perder sua eficiência e sofrer mutações que são as causas para o aparecimento de um câncer. “A pesquisa americana também evidencia que os treinos estimulam o sistema imunológico e diminuem a incidência de inflamações pelo corpo. Já, poucas horas de repouso atuam no sentido inverso, prejudicando as defesas do organismo e favorecendo quadros inflamatórios vulneráveis a tumores”, explica.
Embora a necessidade das horas de sono seja uma característica individual, a média da população adulta necessita de sete a oito horas de sono diárias para que haja um reparo das funções do organismo, já que, dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico. “É durante o sono que ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio ou em longo prazo”, acrescenta a consultora.