Dia 08 de abril é o Dia Mundial do Combate ao Câncer. A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem por objetivo conscientizar as pessoas quanto à importância da adoção de hábitos mais saudáveis, com foco na prevenção desta que é uma das doenças que ainda mais mata no mundo.
No Brasil, dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva), estimam que 576mil novos casos da doença possam ser diagnosticados somente este ano, caso não haja mudanças de alguns hábitos do brasileiro ou investimentos em prevenção. A alimentação desregrada, o cigarro, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e a exposição prolongada ao sol são alguns dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento da doença.
Sendo assim, a adoção de algumas medidas bem simples e rotineiras pode ser o primeiro passo para evitar este mal. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, um sono de qualidade, aliado à prática regular de atividades físicas, desempenha papel fundamental na prevenção da doença. O estudo realizado durante dez anos, com quase seis mil mulheres, revelou que aquelas que praticavam exercícios físicos constantemente registraram uma probabilidade 25% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer. No entanto, entre estas mesmas voluntárias, que praticavam atividades regularmente, a ausência do sono reparador elevou para 47% o risco de exposição à doença.
A teoria levantada pelos cientistas para explicar a importância do repouso noturno diz respeito ao envelhecimento celular, uma vez que quem dorme pouco antecipa esse fenômeno, predispondo o organismo a inúmeras doenças, dentre elas, os tumores malignos.
De acordo com a consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, durante a noite, as células precisam repousar completamente para não perder sua eficiência e sofrer mutações que são as causas para o aparecimento de um câncer. “A pesquisa americana também evidencia que os treinos estimulam o sistema imunológico e diminuem a incidência de inflamações pelo corpo. Já, poucas horas de repouso atuam no sentido inverso, prejudicando as defesas do organismo e favorecendo quadros inflamatórios vulneráveis a tumores”, explica.
Embora a necessidade das horas de sono seja uma característica individual, a média da população adulta necessita de sete a oito horas de sono diárias para que haja um reparo das funções do organismo, já que, dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico. “É durante o sono que ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio ou em longo prazo”, acrescenta a consultora.