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Saiba por que os idosos dormem menos

Ter um sono de qualidade e regular é essencial para que as energias sejam recuperadas, para a manutenção do equilíbrio do nosso organismo, consolidação da memória, regulação da temperatura corporal e para manter a mente descansada. Por esses e outros motivos, a hora de dormir é um dos momentos mais importantes do dia, extremamente revigorante e que deve ser aproveitado da melhor forma possível.

Entretanto, quando conversamos sobre o assunto com os idosos, é normal que eles comentem sobre a ausência de sono, das noites mal dormidas, da redução do período de descanso ou até mesmo da grande necessidade de cochilar durante o dia.

Conforme envelhecemos, é normal perdermos a capacidade de manter um sono regular. Leva-se mais tempo para adormecer, o sono tende a ser mais leve, os despertares noturnos acontecem com mais frequência e, na maioria das vezes, o tempo de sono necessário para ter um descanso efetivo também diminui. Mas você sabe por que isso acontece?

Confira alguns fatores que influenciam no sono dos idosos!

 

 

Diminuição da melatonina (hormônio do sono)

Recém-nascidos tendem a dormir de 14 a 17 horas por dia, já na primeira infância esse tempo reduz para 11 a 14 horas, na adolescência de 8 a 10 horas e na fase adulta de 7 a 9 horas. Isso acontece porque a melatonina, o hormônio que avisa o nosso organismo que está na hora de dormir, tem seu pico máximo aos três anos de idade e, conforme os anos vão passando, sua produção diminui.

Para você entender melhor, uma pessoa de 60 anos apresenta metade da melatonina de um adulto de 20 anos. Essa diminuição reduz a facilidade de pegar no sono e faz com que os despertares sejam mais constantes.

A melatonina também é conhecida como o “hormônio da juventude”, uma vez que a partir dos 40 anos, a capacidade de produzi-la cai consideravelmente. Essa disfunção pode ser associada à irregularidade do ciclo de temperatura corpórea e do ciclo do sono vigília. Por esses motivos, alguns idosos chegam a dormir de 6 a 7 horas fracionados durante o dia e a noite, ou até menos.

É importante deixar claro que, em casos recorrentes de noites em claro acompanhadas de cansaço excessivo durante o dia, é preciso procurar por um médico, para melhor avaliação.

 

 

Apneia do Sono

A apneia do sono é caracterizada pela obstrução da via aérea durante o sono, que pode paralisar a respiração inúmeras vezes por até 20 segundos, levando o idoso a ter vários despertares durante a noite.

A apneia do sono é mais comum entre os idosos, porque eles apresentam uma maior tendência do colapso das vias aéreas superiores, devido ao enfraquecimento da musculatura da faringe. Outros fatores que fazem a apneia do sono ser mais frequente na terceira idade estão relacionados à diminuição da função da tireoide, o aumento do peso e a diminuição do controle da respiração.

Além disso, ela pode desenvolver doenças nas artérias, aumento do colesterol e até mesmo infarto e derrame. Se suspeitar, não deixe de consultar um médico especialista.


 

Alzheimer

A Alzheimer é uma demência caracterizada pela perda da capacidade de memorização e do raciocínio. Esse distúrbio acomete cerca de 20% da população com mais de 70 anos e, assim como a apneia do sono, os pacientes com Alzheimer também apresentam redução da produção do hormônio do sono.

Por afetar a produção de melatonina, é normal que o indivíduo tenha dificuldade de pegar no sono e de manter um descanso durante muito tempo. E por esses motivos, os cochilos diurnos costumam ser mais frequentes.

Mas é preciso ficar atento! Em casos de perda de memória recorrente, ausência de sono e cansaço durante o dia, procure por um médico geriatra ou neurologista. Não deixe as pequenas coisas passarem despercebido e previna-se.

 

Síndrome das pernas inquietas

Já reparou que muitos idosos tendem a mexer constantemente as pernas ou até mesmo os braços? Essa agitação involuntária chamada de síndrome das pernas inquietas costumam a ser mais intensas no período da noite e podem afetar muito o sono.

Esses movimentos periódicos aumentam progressivamente com a idade, devido a várias alterações no cérebro e nos nervos que ocorrem durante o envelhecimento. Uma das alterações é a diminuição da dopamina, um dos neurotransmissores mais famosos do nosso sistema nervoso, que tem como função principal ativar os circuitos de recompensa do cérebro.

Caso suspeite, também não deixe de procurar um neurologista, médico mais indicado para esse caso.

 

Dicas de como melhorar as noites de sono dos idosos

Para ajudar os idosos a ter uma melhor noite de sono, separamos algumas dicas essenciais:

 

#1 Use o travesseiro ideal: essa é uma dica muito importante e deve ser seguida por todos, independente da idade. O travesseiro ideal, além de proporcionar uma boa noite de sono, também é responsável pela saúde da coluna. Saiba como escolher!

 

#2 Experimente dormir com dois travesseiros: dormir de lado com um segundo travesseiro entre as pernas evita a hiperflexão do quadril e impede o atrito entre os joelhos e tornozelos, além de manter a coluna alinhada por completo.

 

#3 Faça refeições leves a noite: ingerir alimentos pesados perto da hora de dormir pode ser um grande problema. Opte por uma refeição leve e com alimentos nutritivos.

 

#4 Faça caminhadas: fazer exercícios é importante em qualquer idade. Entretanto, muitos idosos não conseguem praticar certos esportes. A caminhada pode ser uma boa forma de manter o corpo ativo.

 

#5 Mantenha exames em dia: faça exames de rotina e, casos suspeite de insônia excessiva ou de outros sintomas citados no texto, procure um especialista.

 

Gostou do nosso conteúdo? Deixe seu comentário e conheça 5 coisas que você deve saber sobre seu travesseiro!

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