Novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem. Devido ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado dia 17, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em parceria com Instituto Lado a Lado pela Vida, intensificam a campanha Novembro Azul, que alerta sobre os risco da doença e visa incentivar os exames de rotina masculinos.
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de próstata está na segunda posição no ranking das doenças mais comuns entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. Além dos exames de toque retal e de sangue, uma boa noite de sono não só contribui para a melhoria da saúde em geral, mas pode ajudar na prevenção deste tipo de câncer, como explica Renata Federighi, consultora do sono da Duoflex. “A qualidade do sono está diretamente ligada à qualidade de vida. Enquanto dormimos, o corpo produz hormônios e substâncias que desempenham papéis vitais para o bom funcionamento das funções fisiológicas e psicológicas do organismo”.
Um estudo feito pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, observou que níveis satisfatórios de melatonina (hormônio do sono produzido durante a noite e responsável por manter diversas funções do organismo em ordem) reduziriam o risco de homens desenvolverem câncer de próstata. Para chegar nessa conclusão, 928 voluntários responderam a questionários relacionados aos seus hábitos de sono e tiveram amostras de urina coletadas para que fosse verificado o nível de melatonina ao acordar. Durante o estudo, os especialistas notaram que indivíduos com dificuldade para dormir apresentavam menos melatonina em comparação aos que não enfrentavam problemas no momento de repousar. Além disso, 111 participantes foram diagnosticados com câncer de próstata. No entanto, naqueles que acordavam com altos índices do hormônio do sono, a probabilidade de apresentar a doença se mostrou 75% menor.
“A melatonina é responsável por regular o nosso relógio biológico e diversas funções do nosso organismo. A falta de sono, ou a má qualidade do descanso, pode influenciar na quantidade de hormônio produzida. Além da maior propensão ao câncer, os problemas de saúde ocasionados pela alteração do relógio biológico são muitos, dentre eles a deterioração mental e a doença de Alzheimer, por exemplo”, alerta Renata.