Estima-se que os indivíduos passam mais de 20 anos dormindo ao longo da vida. Isso demonstra o quanto o sono é essencial para a manutenção da saúde do corpo e da mente, e não apenas uma necessidade de descanso físico e mental. Durante a noite, acontece a troca e regeneração de células, além da liberação do hormônio do crescimento (GH), que ocorre principalmente nas fases mais profundas do descanso. Além disso, o sono reequilibra o organismo, produzindo a serotonina, o hormônio responsável pela sensação de prazer; impede a acumulação de cortisol, que melhora o humor e a boa disposição, e aumenta a sensibilidade à leptina, hormônio responsável por informar ao organismo a ausência da fome.
Segundo a fisioterapeuta especialista em Medicina do Sono, Carolina Elena Carmona de Oliveira, no decorrer dos anos, o sono tem seu padrão alterado conforme se acentua a idade do indivíduo. “Na terceira fase da vida, o sono torna-se mais leve, o adormecer fica mais demorado, ocorrem interrupções durante a noite e, geralmente, o sono não ultrapassa oito horas, período recomendado por especialistas”, afirma.
A especialista destaca que dos fatores vivenciados pelos idosos, devem ser levadas em consideração as alterações da estrutura óssea. “No que diz respeito à densidade e arquitetura, é indispensável que o idoso mantenha o cuidado diário com a postura e adote medidas saudáveis para dormir, a fim de evitar dores e maiores problemas nas regiões da coluna cervical e lombar”, ressalta. Algumas substâncias químicas, como cafeína, medicamentos para doenças respiratórias ou antidepressivos podem alterar o padrão de sono constantemente. “Outros motivos que também podem causar essa irregularidade estão relacionados à viuvez, solidão, dificuldades financeiras, entre outros”, frisa.