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Mitos e verdades sobre os travesseiros

Não basta fechar os olhos, tentar esquecer as preocupações e relaxar o corpo. Uma boa noite de sono pede uma série de cuidados que vão, desde roupas confortáveis, até um ambiente escuro. No entanto, vale lembrar que os travesseiros também são indispensáveis para um descanso de qualidade, pois são responsáveis pelo apoio da cabeça e por manter a coluna alinhada durante o sono, melhorando a circulação sanguínea e facilitando os estímulos elétricos enviados pelo cérebro aos demais órgãos do corpo.
Entretanto, poucas pessoas são exigentes com o travesseiro, e isso, pode trazer sérios riscos à saúde. Confira com a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, os erros mais comuns:

Ler na cama recostado em travesseiros prejudica a coluna.
Verdade. A coluna sofre se o apoio for volumoso a ponto de fazer com que o queixo toque o peito. Isso tem o mesmo efeito de dormir de barriga para cima com travesseiro muito alto.

Podemos dispensar o travesseiro quando pescoço está muito tenso ou dolorido.
Mito. Isso tende a piorar o problema. Sem o travesseiro, a cabeça fica pendurada e força a musculatura. O travesseiro deve apoiar a cabeça em uma altura que se encaixe perfeitamente entre ela e o colchão, formando assim, um ângulo de 90° no pescoço.

Não há problemas em trocar o modelo do travesseiro repentinamente.
Mito. É comum haver um certo desconforto nos primeiros dias de uso, já que seu organismo está adaptado ao antigo travesseiro. Trata-se de um processo de adaptação natural, que pode levar cerca de 10 a 15 dias. Se o travesseiro estiver adequando ao seu ao biótipo e postura ao dormir, a recomendação é de que se insista no uso. Caso o desconforto persista por mais tempo, provavelmente o travesseiro está muito alto ou muito baixo e seu uso deve ser descontinuado imediatamente. O travesseiro ideal deve ocupar o espaço exato entre a sua cabeça e o colchão, de forma que o pescoço fique alinhado com o restante da coluna, ou seja, ele não deve ficar inclinado nem para cima e nem para baixo.

A melhor posição para dormir é a lateral
Verdade. A posição de lado (decúbito lateral) é a mais indicada para dormir, tanto faz se do lado direito ou esquerdo. É aconselhável utilizar dois travesseiros, sendo um, para apoio da cabeça, e o outro, entre os joelhos e os tornozelos. Nesta posição os joelhos devem estar semiflexionados. Pode-se dormir também de barriga para cima. Nesta posição, deve-se usar um travesseiro para apoio da cabeça (não precisa ser muito alto) e outro sob os joelhos, que verão estar semiflexionados para alinhamento e descanso da lombar. Já a posição de barriga para baixo (ou de bruços) não é recomendada por causar flexão e rotação da coluna nas regiões cervical e lombar, podendo comprometê-la ao longo do tempo.

Se você tem dúvida de qual é o melhor travesseiro pra você, clique na imagem abaixo e saiba mais!

Para manter o travesseiro limpo e sem fungos, basta colocá-lo no sol.
Mito. O sol é um excelente agente de sanitização superficial. Porém, o travesseiro de espuma é fofo, volumoso e a sua exposição ao sol acabará por gerar um aquecimento e elevar a sua temperatura interna, criando um ambiente ainda mais propício para a proliferação de ácaros, fungos e bactérias, elementos altamente alergênicos. O indicado é sempre arejar e ventilar o travesseiro, protegido por uma fronha, sob luz indireta. Esta medida irá aumentar a saúde e a durabilidade do produto. Aconselha-se também o seu uso com capas protetoras impermeáveis.

O melhor travesseiro é aquele que uso há mais de dez anos, pois já estou acostumado com ele.
Mito. Poucas pessoas sabem, mas travesseiros têm prazo de validade. Um travesseiro, com o uso, acumula grande quantidade de umidade, gordura, pele descamada, suor e outras secreções da cabeça (saliva, coriza, seborreia, lágrimas e cerume), além de perfumes, tinturas e cosméticos em geral. Todo esse material orgânico encontra-se em um ambiente ideal de proliferação biológica: escuro, úmido e quente. Um travesseiro sem proteção antimicrobiana, com seis meses de uso, já contém cerca de 300 mil ácaros e, após dois anos, até 25% do seu peso é formado por ácaros vivos, mortos e suas fezes. Mesmo um travesseiro com tratamento antiácaro, depois de certo tempo, terá sobre as suas células internas grande acúmulo destes dejetos, o que diminui sua eficiência antimicrobiana. O ideal é trocá-lo a cada dois anos.

Pessoas quem tem algum tipo de alergia devem se preocupar com os travesseiros.
Verdade. Os ácaros, os fungos e as bactérias habitam um lugar que poucos imaginam: nossa casa e, sobretudo, nossa cama e travesseiros. É importante que pessoas com alergia respiratórias evitem travesseiros de penas, por exemplo. No mercado, já é possível encontrar produtos com tratamento antiácaros.

Posso lavar o travesseiro em casa.
Mito. Nem todos os travesseiros são laváveis e os consumidores devem estar atentos às especificações do produto antes de molhar ou, até mesmo, entregar o travesseiro para a lavanderia. O processo de lavagem nem sempre é indicado, principalmente, quando não podemos garantir sua secagem completa. No entanto, se o produto for lavável, siga ou exija nas lavanderias que as instruções sejam seguidas.

O colchão é mais importante que o travesseiro. Portanto, não há problema em comprar um travesseiro mais barato.
Mito. O travesseiro é tão importante quanto o colchão. De nada adianta comprar um colchão adequado ao seu biótipo, se o travesseiro não desempenhar com eficácia a sua função. A sua coluna ficará desalinhada e você não conseguirá relaxar e chegar numa posição confortável, tão necessária para um sono revigorante. Muitas vezes também, o barato pode sair caro. Principalmente, levando em consideração as despesas e os prejuízos que o indivíduo poderá ter com os tratamentos após as noites mal dormidas.

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