O travesseiro, seu melhor amigo na hora do sono, pode ser o grande responsável por doenças respiratórias e de pele. Possível fonte de fungos e bactérias, a peça dever ser trocado a cada dois anos. Um prazo de validade que independe da aparência do produto e pode te livrar de um pesadelo chamado alergia.
Segundo a consultora do sono da Duoflex – empresa especializada na produção de travesseiros –, Renata Federighi, não há como evitar a proliferação de microorganismos. “Enquanto dormimos, é natural eliminar lágrimas, saliva, coriza, suor e oleosidade. Toda essa secreção é alimento fundamental para os ácaros e nosso travesseiro acaba virando fonte de contaminação durante o sono”, alerta.
Para minimizar a presença dos ácaros e garantir bons sonhos, a especialista indica deixar o travesseiro no sol toda semana, guardá-lo em local arejado e trocar a capa frequentemente. O cuidado especial garante que seu fiel companheiro permaneça conservado por mais tempo.
Mas não se engane com a boa aparência, é preciso respeitar a vida útil. “Há produtos no mercado com espuma de melhor qualidade, portanto, com maior durabilidade. Isso não significa evitar a troca. É necessário substituí-lo para prevenir que esses fungos e bactérias migrem para o colchão ou organismo e aumente o risco de doenças de pele, bronquite e até corrimentos”, enfatiza Renata.
Modelo ideal
A função principal do travesseiro é preencher o espaço entre a cabeça e o colchão de maneira confortável e saudável. Neste caso, o modelo ideal não deve ser tão alto, nem baixo demais, o certo é manter o pescoço alinhado à coluna cervical.
“A postura correta ao dormir é imprescindível para um repouso de qualidade. A posição de lado é a mais indicada”, explica a consultora do sono. Além da posição, o biotipo da pessoa interfere diretamente na escolha. “Quanto mais leve, menor tem de ser o travesseiro. Pessoas maiores e mais pesadas necessitam de um modelo mais robusto.”
O gosto também deve ser considerado na hora da compra. Há infinitos modelos: espumas mais firmes e difíceis de ceder, ou de látex, consideradas antialérgica, pois permitem maior ventilação. Existem as chamadas espumas de memória – o travesseiro da Nasa – que molda a cabeça. As fibras flexíveis e as plumas e penas de ganso garantem conforto, mas devem ser trocadas com maior frequência por acumularem mais microorganismos.
A resistência à troca de travesseiro é compreensível. Isso acontece devido ao desconforto inicial com a nova peça, que pode durar de sete a 10 dias. “O período de adaptação é normal. O travesseiro tem nosso cheiro e o formato da nossa cabeça, mas orientamos que a pessoa insista, mesmo se ficar desconfortável. Depois deste prazo, e se sentir dor, é possível que tenha escolhido o modelo errado”, observa Renata.
Mas as facilidades da vida moderna ajudam na hora a escolha. Teste o produto antes da compra. “Vá às lojas onde possa deitar e verificar se vai se adaptar. Dê preferência aos modelos que possa regular o tamanho”, reforça a especialista. Opte pelo travesseiro ideal e tenha bons sonhos.